”Há comportamentos que não têm lugar no desporto e que devem ser afastados”.
Em entrevista ao Jornal do Centro, o Presidente da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto defende a necessidade de colocar em prática (…) a lei para combater atos de violência nos eventos desportivos, uma “responsabilidade de todos”.
“Esta autoridade nacional, implementada em Viseu, é dedicada à prevenção e ao combate à violência no desporto. Há um foco grande na atividade sancionatória das infrações que são consideradas contraordenações; de gravidade inferior ao crime, mas sancionável. Temos uma atividade para o desenvolvimento de trabalho preventivo, de cooperação com muitos outros parceiros, desde as federações desportivas, às forças de segurança. Há todo um trabalho de capacitação, de desenvolvimentos de projetos, de iniciativas preventivas, que passam também por esta entidade, dedicada especialmente a esta matéria”, sublinhou Rodrigo Cavaleiro.
Questionado sobre a proibição como castigo, da entrada em recintos desportivos, referiu que “é uma prática essencial” e salientou que “no âmbito da ação desta Autoridade e quando estamos a falar de processos de contraordenação que são aplicados aos infratores, podemos, por lei, aplicar as medidas de interdição de acesso a recintos desportivos e estamos a aplicá-las.
O Presidente da APCVD evidenciou que, num curto espaço de tempo, têm 34 decisões tomadas, das quais sete são definitivas e as restantes são passíveis de recurso.
Questionado sobre se a violência no futebol está muitas vezes relacionada com a existência de grupos organizados de adeptos salientou que “Conheço grupos organizados de adeptos em que, infelizmente, há muitos episódios de violência que lhes estão associados, mas também conheço alguns casos onde isso não acontece de todo e, onde, pelo contrário, há muitíssimos bons exemplos daquilo que se quer do espírito de fairplay”.
Rodrigo Cavaleiro, Presidente da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD)